VIDE - Festival de Artes pela Rua é um projeto de programação que decorreu entre 6 a 15 de agosto de 2021 em Castelo de Vide e Póvoa e Meadas.
Propôs a realização de espetáculos de pequeno formato nas áreas do teatro, dança, música, narração oral, novo circo, performance e instalação, e, em paralelo, a realização de atividades na área da escrita, artes plásticas, teatro de objetos e movimento.
Estas iniciativas habitaram o espaço da rua, aproveitando o enquadramento de paisagens naturais e de património arquitetónico característicos da vila.
Viver a Rua, o ar do exterior, e ao mesmo tempo encontrar-se com a Arte através de propostas muito diversificadas.
O VIDE – Festival de Artes pela Rua quis trazer os artistas e as suas obras a este lugar ímpar do país, dando a oportunidade de acesso às comunidades desta zona do interior. Por outro lado, para quem esteve de passagem, os momentos foram certamente aprazíveis, diversos entre si e de grande qualidade.
Foram momentos únicos de encontro entre universos especiais, os dos artistas e do público que aceitou o convite para este lugar.
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA DO VIDE - FESTIVAL
Direção Artística e Produção | Maria Belo Costa Apoio à Produção | Cristina Vilhena
Design Gráfico | Raquel Fradique
Direção Técnica | pedrofonseca/colectivo, ac Fotografia e Vídeo | Helder Milhano
VIDEZINE
Resultado das oficinas ao longo do primeiro fim-de-semana no VIDE - Festival de Artes pela Rua.
Com a participação de crianças e adultos em Castelo de Vide e em Póvoa e Meadas, e a montagem de Raquel Fradique.
PROGRAMA' 21
CONTOS NOTURNOS
CONTADORES DE HISTÓRIAS
A tradição oral tem uma série de contos do medo e de fantasmagorias, e outros mais atrevidos… Nesta sessão de contos noturnos da tradição oral dirigida sobretudo a público adulto, António Fontinha, grande precursor da narração oral profissional em Portugal, e Ana Lage, exímia contadora de histórias, prometem fazer corar alguns ouvidos e despertar muitos sentidos.
“(…) Entre canção e canção, essa mulher conta boas histórias, e conta-as espreitando uns papelinhos como quem lê a sina. Essa mulher veste uma saia imensa, toda cheia de bolsinhos. Desses bolsos vai tirando papelinhos, um a um, em cada papelinho há uma boa história para contar, uma história da fundação e fundamento (…) e das profundezas daquela saia vão brotando os caminhares e os amares do bicho humano, que vai dizendo e vai vivendo.”
Eduardo Galeano, Paixão de dizer I
NA MINHA SAIA HÁ UM BOLSO
PÉ DE PANO
MULTIDISCIPLINAR
Este espetáculo de natureza participativa, constrói-se a partir de relatos recolhidos na comunidade de Castelo de Vide e Póvoa e Meadas. Procurámos histórias de vida que falassem sobre enamoramentos, namoros e os costumes que havia à volta disso. Quisemos também saber o que pensam sobre o agora, que confrontassem os modos de comunicar, em relação com a distância e a proximidade, no antes e no agora.
Em cena, o grupo participante, em conjunto com as duas performers, darão corpo a uma grande saia, que será como um mapa de emoções e memórias coletivas.
As histórias irão sendo fiadas e desfiadas através de palavras, gestos, movimentos, objetos e sons.
Direção Artística: Maria Belo Costa
Cocriação e interpretação: Sara Afonso e Maria Belo Costa
Desenho de Luz e Paisagem Sonora: Pedro Fonseca/Colectivo, Ac
ENXADA
ERVA DANINHA
CIRCO CONTEMPORÂNEO
Espetáculo de circo contemporâneo que remete para a ruralidade, a sua desconstrução e imaginário sob um ponto de vista urbano e contemporâneo.
Investigação artística através da relação do corpo e do objeto em cruzamento com a instalação plástica, composição sonora e iluminação.
Partindo da ideia do trabalho original e primário e do seu lugar no espaço urbano atual, escolhemos um objeto que cava os tempos até hoje – a enxada. Símbolo de trabalho, de ligação entre o passado e o presente, de repetição e equilíbrio comuns ao circo contemporâneo.
Ficha Artística
Direção Artística E Conceção Plástica | Vasco Gomes, Julieta Guimarães
Interpretação | Filipe Contreras, Jorge Lix, Vasco Gomes
Iluminação | Romeu Guimarães
Composição Sonora | Luís Costa
Cocriação | Erva Daninha, Binaural Nodar
Coprodução | Teatro Nacional São João
Apoios | Teatro Municipal Do Porto, Instituto Politécnico Do Porto
CHARANGA
MÚSICA
A Charanga é um projecto de criação e performance musicais. Na era digital e cultura actual, fazem uso de computadores, beatboxes, sintetizadores, ferramentas virtuais e influências musicais globalizadas, mas também o tambor, a gaita-de-fole, o violino, o bandolim, a D. Ermelinda que canta a Moda da Ceifa e os adufes.
O repertório é maioritariamente original, sendo complementado com variações, versões e deambulações inspiradas nas construções melódicas, harmónicas e rítmicas do cancioneiro popular português e galego.
Ficha Artística
Francisco Gedeão | Voz, percussão tradicional, sintetizadores e programação de ritmos
Quim Ezequiel | Gaita de foles, vozes de apoio e aerofones vários
Simões | Bandolim, Bouzouki
David Pereira | Técnico de Som
CLARICE LISPECTOR
CICLO ANTI-PRINCESAS
com CLÁUDIA GAIOLAS
ESPETÁCULO PARA A INFÂNCIA E FAMÍLIAS
Clarice Lispector nasceu na Ucrânia, numa aldeia que não figura no mapa de tão pequena e insignificante. Os seus pais fugiram da guerra e foram parar ao Brasil, onde Clarice cresceu e se tornou uma grande escritora. Escrevia sobre os mistérios do universo e da alma humana, mas também sobre galinhas fugitivas, coelhos pensantes e um cachorro que comia
Direcção e interpretação Cláudia Gaiolas | Assistência de direcção Leonor Cabral | Dramaturgia Alex Cassal | Cenografia e figurinos Ângela Rocha | Desenho de luz Daniel Worm | Fotografia José Frade | Produção executiva Armando Valente | Co-produção Teatro Meia Volta e Depois à Esquerda Quando Eu Disser, São Luiz Teatro Municipal e EGEAC - Programação em Espaço Público | Uma encomenda São Luiz Teatro Municipal e EGEAC - Programação em Espaço Público, a partir da colecção Antiprincesas, edição de parceria entre a Tinta-da-China e a EGEAC. | O Teatro Meia Volta e Depois à Esquerda Quando Eu Disser é uma estrutura financiada pela República Portuguesa - Cultura / Direção Geral das Artes..
AVÔA
BAILEIA
COM CLARA BEVILAQUA
E GUIILHERME CALEGARI
OFICÍNA DE MOVIMENTO PARA INFÂNCIA E FAMÍLIAS
Um baile. Ballare. Pessoas se reúnem para dançar. Bailar. Com música ou sem. Um grande baile ou um pequenino. Na rua, na sala, no quarto, no jardim.
Um convite para mergulharmos e experimentarmos texturas que atravessam o movimento e o som. Despertando momentos de brincadeiras que tocam e fazem ecoar os gestos no momento em que estamos juntos.
Estes encontros se constroem a partir dos interesses de cada um, nesta dança entre os corpos pequeninos e grandes, acompanhando pessoas nas suas descobertas, respeitando os limites individuais e coletivos.
A especificidade do trabalho são as crianças, entretanto, elas não são o único foco. O trabalho é também com aqueles que as acompanham.
MUITA TRALHA,
POUCA TRALHA
com CATARINA REQUEIJO
ESPETÁCULO PARA A INFÂNCIA E FAMÍLIAS
Escolher não é tarefa fácil. Escolher o que se leva em viagem também não. Há sempre alguma coisa que nos pode fazer falta... Quem nunca teve vontade de levar a casa toda? Pouco habituado a viajar, o casal Odete e Alfredo decide ir ver a sua sobrinha Manela participar numa corrida de automóveis. Mas antes da viagem é preciso preparar a bagagem. É aqui que os problemas começam. Levam o quê? Pouca tralha? Muita tralha? Apenas o essencial? Estas decisões difíceis podem complicar o início da viagem. Só o início?... É o que vamos ver.
Direcção artística | Catarina Requeijo
Texto original | Catarina Requeijo e Inês Barahona
Concepção plástica | Maria João Castelo
Interpretação | Catarina Requeijo
Assistência de encenação | Victor Yovani
Co-produção | Teatro Maria Matos,
Formiga Atómica Associação Cultural
PASSAGEM
PIA TEATRO
MULTIDISCIPLINAR
Uma Performance que conta a história de "Quatro velhos viajantes que caminham por entre um universo de objetos suspensos, onde através das memórias do passado, que lhes embrulharam a vida, encontram o início de uma nova jornada", no interior de uma Instalação sob forma de "Interferências poéticas, que explora no lugar comum o que de nele melhor existe, tornando-a única pelo meio que a envolve, emergindo-a do esquecimento e da rotina, transformando-a num efémero lugar de contemplação".
Ficha Artística
Produção | PIA - Projectos de Intervenção Artística, CRL
Autoria, Direcção Artística e Concepção Plástica | Pedro Leal
Direcção de Produção e Audiovisuais | Helena Oliveira
Figurinos | Maria João Domingues, Olinda Cordas, Filomena Godinho
Instalação e Caracterização Especial (Máscaras) | Pedro Leal
Desenho de Luz e Operação | João Nunes
Sonoplastia | Álvaro Presumido
Criação e Interpretação | Helena Oliveira, Mafalda Cabral, Ricardo Mondim, Sylvain Peker, Tiago Augusto
Agradecimentos: Joaquim Batista Dias, Miguel Cabral, Ricardo Brás, Paulo Morais (Vídeo), Luís Fernandes (Vídeo), Luís Amarelo (Interpretação), Filipe Couto (Video), Rui Rodrigues, Paulo Vargues (Técnica), João Lopes (Técnica) Associação de Reformados e Pensionistas de Pinhal Novo, Vidreira Pinhal Novo, Vidreira Moderna da Moita, ATA - Associação Teatral Artimanha.
ANA LAGE
CONTADORA DE HISTÓRIAS
Ilustradora de interiores e escultora de palavras...
Nascida em 1966, corre-lhe o Minho nas veias. Depois de andar pelo universo das artes visuais, inicia-se na narração oral em 2006, integra a bolsa de Contadores da Biblioteca de Oeiras. Em 2009 faz uma pós-graduação em Livro infantil na Universidade Católica.
Desde que se iniciou neste percurso tem vindo a participar em Festivais de Narração em Portugal e no estrangeiro. O seu repertório baseia-se no conto tradicional e em histórias de vida que são aromatizadas de cantigas e outros elementos de raiz etnográfica. Recolhe contos e cantigas no Minho e no interior do país.
ANTÓNIO FONTINHA
CONTADOR DE HISTÓRIAS
PARTILHANDO CONTOS ANTIGOS
Tal e qual o nosso país, o imaginário do Conto Tradicional Português é um edifício surpreendente, cheio de recantos.
Conforme o preceito da tradição oral, António Fontinha propõe-se visitar alguns desses lugares.
O convívio com os mais antigos, a escuta sistemática que empreende desde 1994, fazem hoje, desse contador de histórias, herdeiro de um tesouro imaterial.
VALENTINA PARRAVICINI
& DONATELLO BRIDA
MÚSICA E DANÇA
“ESTUDO PARA CORPOS DISPERSOS” é uma proposta performativa para corpos múltiplos, humanos e não humanos, sujeitos e objetos, inteiros e fragmentados, etéreos e concretos. Corpos que interagem no espaço construindo e desconstruindo relações, questionando como podemos “fazer mundo” a partir de fragmentos e informações dispersas, num jogo entre o todo e as partes que se articula em dança e música.
Ficha Artística
Criação e interpretação | Valentina Parravicini
Música | Donatello Brida
Produção | Valentina Parravicini e Cristina Vilhena - c.e.m-centro em movimento
Apoios | Câmara Municipal de Lisboa - Polo Cultural Gaivotas - Boavista; Linha de Fuga, Coimbra; Musibéria, Serpa;
CARLOS MARQUES
CONTADORES DE HISTÓRIAS
CONTOS CANTADOS - Um narrador gosta de escutar, gosta de contar e cantar, mas acima de tudo gosta de estar. Carlos Marques conta e canta histórias da nossa tradição oral, recorrendo a formas ancestrais de comunicação como o riso e a música. A palavra é som e a música é história. Projeto de mediação cultural de pesquisa e partilha de contos e cantos tradicionais. Tem como destinatários todos aqueles que gostam de ler e ouvir histórias. Recupera-se a escuta como momento de partilha fundamental para a comunidade. Este é um projeto que Carlos Marques realiza há mais de 15 anos em diversas bibliotecas, festivais e escolas em todo o país e além fronteiras.
COISAS DE CONTAR
SÍLVIA PINTO FERREIRA
OFICÍNA PARA A INFÂNCIA E FAMÍLIAS
COISAS DE CONTAR é uma oficina dirigida a miúdos e graúdos em família na qual os objetos são guias para a descoberta de estórias da tradição oral e para a criação de novas abordagens para contar e pensar o universo que estas estórias propõem.
Assente no poder simbólico dos objetos quotidianos, esta oficina aborda a suas possibilidades performativas, dramatúrgicas e poéticas através de metodologias do teatro de objetos.
O GAJO
MÚSICA
Depois de 28 anos no circuito Punk Rock, João Morais escolhe em 2016 a Viola Campaniça para expressar a sua arte. Este instrumento de raiz tradicional Portuguesa é assim a figura central de um projeto instrumental com referências arábicas e mediterrânicas numa nova linguagem para uma viola antiga, que na sua melhor tradição renasce pelas mãos d’O GAJO.
Ficha Artística
João Morais - O GAJO - Viola campaniça
PARAPENTE 700
CONCERTO
Quando a música traz as danças daqui e de acolá, abraçadas pelo encontro entre um violino e uma concertina.
Entre mazurkas de água, polskas de ar, círculos de terra e scottishes de fogo renova-se, interpreta-se e cria-se.
Entenda-se que aqui transformam-se musicas tradicionais de outrora e compõem-se outras, fundindo as inspirações actuais com os traços do passado. Viaja-se pela Europa fora, reunindo danças italianas, francesas, suecas, portuguesas e outras que tais.
"Parapente700 é uma ideia ilimitada de liberdade: uma imagem de Baile Universal, onde cada corpo, de uma ponta até à outra, não é mais do que a livre expressão do pensamento." Mário Rainha.
Ficha Artística
Eva Parmenter | voz e concertina
Denys Stetsenko | violino
LA MISÉRIA DELUXE
MÚSICA
O nosso é um tango tónico, boémio e visceral.
Não tem o brilho dos cristais dos grandes salões;
tem o fulgor afiado dos vidros partidos nas tabernas de marinheiros.
Não tem a nobre suavidade dos veludos do pano-de-boca dos teatros prestigiados; tem a doce asperidade dos estofamentos encarnados dos antigos bordeis.
Não tem a fresca efervescência do champanhe; tem o aroma intenso dum bom vinho tinto e o calor envolvente dum bagaço caseiro.
Ficha Artística
Donatello Brida | acordeão e voz
Martin Sued | bandoneón
músico convidado - Agostino Aragno | violino
VALENTINA PARRAVICINI
& NORBERTO LOBO
MÚSICA E DANÇA
“ESTUDO PARA CORPOS DISPERSOS” é uma proposta performativa para corpos múltiplos, humanos e não humanos, sujeitos e objectos, inteiros e fragmentados, etéreos e concretos. Corpos que interagem no espaço construindo e desconstruindo relações, questionando como podemos “fazer mundo” a partir de fragmentos e informações dispersas, num jogo entre o todo e as partes que se articula em dança e música.
Ficha Artística
Criação e interpretação | Valentina Parravicini
Música | Norberto Lobo
Produção | Valentina Parravicini e Cristina Vilhena/c.e.m-centro em movimento
Apoios | Câmara Municipal de Lisboa - Polo Cultural Gaivotas - Boavista; Linha de Fuga, Coimbra; Musibéria, Serpa;
NA MINHA SAIA
HÁ UM BOLSO
PÉ DE PANO
MULTIDISCIPLINAR
Este espetáculo de natureza participativa, constrói-se a partir de relatos recolhidos na comunidade de Castelo de Vide e Póvoa e Meadas. Procurámos histórias de vida que falassem sobre enamoramentos, namoros e os costumes que havia à volta disso. Quisemos também saber o que pensam sobre o agora, que confrontassem os modos de comunicar, em relação com a distância e a proximidade, no antes e no agora.
Em cena, o grupo participante, em conjunto com as duas performers, darão corpo a uma grande saia, que será como um mapa de emoções e memórias coletivas
As histórias irão sendo fiadas e desfiadas através de palavras, gestos, movimentos, objetos e sons.
Direção Artística: Maria Belo Costa
Cocriação e interpretação: Sara Afonso e Maria Belo Costa
Desenho de Luz e Paisagem Sonora: Pedro Fonseca/Colectivo, Ac