Em palco apresenta-se uma performer, aparentemente só.
Telas de projeção, quase impercepetiveis de inicio, tornam-se tangíveis quando outras duas figuras femininas são convocadas para a cena, através do video, espectros de mulheres que ela já foi, desdobrando relações entre si, reveladas através de uma ação natural e não de um confronto direto.
Toda a violencia e confronto apresentados pela fisicalidade da performer "assombrada" e efetivada pela presença das outras duas figuras mais estáticas e presenciais.
O real versus o virtual.
Aqui cria-se uma relação paradoxal, onde o corpo fisico, tem mais de virtual do que as figuras projetadas, que constituem produtos acabados, retalhos de memórias que são manifestadas através deste corpo físico e móvel e, no entanto, em construção.
Dançar as memórias, dançar o agora. Entenda-se as memórias não são siónimos de angústia, saudade, cristalização, antes querem dizer marca, rasto, trajeto sem sentido ascendente ou descendente, fazer.
Das memórias paras emoções. Dos perceptos para os afetos.
A memória, a inidviual e a coletiva, e a criação. Viver ou construir realidades.
Ficha Artística
Concepção | Performer Maria Belo Costa
Som Carlos "Zíngaro"
Vídeo | Figurinos Nuno Carrusca
Edição Vídeo Márcio Martins
Design de Luz Pedro Fonseca
Design Gráfico | Cenografia Helder Milhano
Apoio à Criação de Cenografia Luís Sousa Ferreira
Apoio ao Movimento Yola Pinto
Produção Executiva Pedro Fonseca
Produção Pé De Pano - Projectos Culturais
Co produção Quarta Parede- Aossociação de Artes Performativas da Covilhã / Festival Y e Teatro de Portalegre
Apoios CEM-centro em movimento e CENTA